Esta semana tive que rever um filme que acho bem qualquer coisa: Demolidor – O Homem Sem Medo. Tudo por que minha mãe adora o filme (ok, ela é fã da Jennifer Garner e ama a canção 'My Immortal', do Evanescence) e ela é quem estava com o controle da TV. Bom, o que acontece é que isso deu início a uma discussão interessante entre nós, sobre filmes de super-heróis. Bom, eu tenho uma opinião meio chata sobre o assunto, acompanhem: se um filme tem um apelo fantástico, deve ser totalmente “utópico”. Ou seja, se estamos diante de um material sobre super-heróis, deve ser ilusório, fantasioso, algo além da vida real. Por exemplo, apesar de gostar muito do argumento político acerca de The Dark Knight, me irrito um pouco com o Homem-Morcego em si. Simplesmente por que ele é um homem, certo? Não é um mutante nem nada disso, mas no entanto faz estripulias como o Homem-Aranha que tem todo um viés mutante, fantástico. Com o Aranha, tudo certo: pode pular a vontade, voar e fazer qualquer tipo de coisa que um super-herói faz, pois não é um ser humano normal. Já o Morcego não tem “esse direito” (agora vão me matar), já que não tem poderes, uma vez que é um humano como nós, mas com desejo de vingança e sede de justiça. 300 é outro exemplo bastante conveniente. Apesar de ser inspirado em HQ tem como história base um acontecimento real, a Batalha das Termópilas. Percebam que, mesmo com uma estilização visual impressionante e um jogo de imagens (para aproximar a Batalha, real, do HQ), os trezentos de Esparta não fazem nada que um humano não possa fazer. Claro que são treinadíssimos, mas são como eu e você. Assim, é aceitável que o filme proceda mesmo com o tamanho exagero estilístico.
Não gosto de aproximar o real do fantástico. Se for pra ser real, que o seja e vice-versa. Peguemos o Ben Affleck, quer dizer o Demolidor de volta. Só por que ele entrou em contato com um produto tóxico virou uma “super-pessoa”?! Calma lá. Produtos tóxicos (o nome já diz) acarretam danos e não aguçam os sentidos. Aqui, tentaram transpassar o real e tornar algo de verdade em algo fantástico, o que não é válido. O mesmo não ocorre com O Senhor dos Anéis, por exemplo. A trilogia, de Peter Jackson, coloca seres humanos na trama mas pende total e absolutamente para o irreal. O personagem de Viggo Mortensen é um homem, mas não banca o Homem-Aranha. Claro que têm filmes que usam e abusam do tom fantástico, mas com uma diferença: esse viés aparece na imaginação dos personagens. Isso é comum em Finding Neverland, The Wizard of Oz, Bridge to Terabithia e torna-se muito válido neste tipo de película, uma vez que tudo pode acontecer na nossa imaginação. E agora fica claro o porquê sempre escrachei meu desgosto por filmes de super-heróis. Separar a realidade da fantasia por uma linha tênue demais é algo impensável, pra mim. Acredito que deva existir um abismo entre esses dois “mundos”. Nos exemplos que dei acima (fantasia dentro da imaginação), este abismo é a nossa própria existência, ou seja, sabemos que somos reais e que é somente nossa imaginação que está funcionando. Quer fazer um “super-herói de verdade”? Pode fazer! Mas exteriorize nele poderes palpáveis que não vão além do que ele possa fazer e o coloque numa atmosfera irreal. Mas, se quiser produzir um herói que voa, solta teia pelo pulso ou ainda fica verde quando nervoso, induza-o a uma modificação genética ou ache uma aranha bem estranha para picá-lo. Talvez assim este faça muitas estripulias e seja, de fato, parte do mundo fantástico.
Não gosto de aproximar o real do fantástico. Se for pra ser real, que o seja e vice-versa. Peguemos o Ben Affleck, quer dizer o Demolidor de volta. Só por que ele entrou em contato com um produto tóxico virou uma “super-pessoa”?! Calma lá. Produtos tóxicos (o nome já diz) acarretam danos e não aguçam os sentidos. Aqui, tentaram transpassar o real e tornar algo de verdade em algo fantástico, o que não é válido. O mesmo não ocorre com O Senhor dos Anéis, por exemplo. A trilogia, de Peter Jackson, coloca seres humanos na trama mas pende total e absolutamente para o irreal. O personagem de Viggo Mortensen é um homem, mas não banca o Homem-Aranha. Claro que têm filmes que usam e abusam do tom fantástico, mas com uma diferença: esse viés aparece na imaginação dos personagens. Isso é comum em Finding Neverland, The Wizard of Oz, Bridge to Terabithia e torna-se muito válido neste tipo de película, uma vez que tudo pode acontecer na nossa imaginação. E agora fica claro o porquê sempre escrachei meu desgosto por filmes de super-heróis. Separar a realidade da fantasia por uma linha tênue demais é algo impensável, pra mim. Acredito que deva existir um abismo entre esses dois “mundos”. Nos exemplos que dei acima (fantasia dentro da imaginação), este abismo é a nossa própria existência, ou seja, sabemos que somos reais e que é somente nossa imaginação que está funcionando. Quer fazer um “super-herói de verdade”? Pode fazer! Mas exteriorize nele poderes palpáveis que não vão além do que ele possa fazer e o coloque numa atmosfera irreal. Mas, se quiser produzir um herói que voa, solta teia pelo pulso ou ainda fica verde quando nervoso, induza-o a uma modificação genética ou ache uma aranha bem estranha para picá-lo. Talvez assim este faça muitas estripulias e seja, de fato, parte do mundo fantástico.
14 comentários:
Pois é, estamos sempre em meio a histórias absurdas, na qual aparecem "super-pessoas", como você citou mediante a uma coisa diriamos que ridicula ... Também não gosto de aproximar o real do fantasioso, acho que cada um tem que ter o seu devido espaço!
- abraço!
Acho que é a tentativa de unir o útil ao agradável. Levar ao público a previsível e utópica trama com uma profundidade maior, deixando aquela história mastigada pra trás. Nolan na minha opinião conseguiu fazer isso muito bem, já Snyder nem tanto em seu 'Watchmen'.
abraço!
Este filme já passou diversas vezes na TV fechada (assim como "Elektra"), mas ainda não tive paciência para assistir.
Abraço
Kau, adorei o texto. Mas, acho que os heróis foram personagens criados justamente para servirem ao propósito de uma diversão mais escapista, que não faça sentido mesmo, mas que atende àquele desejo que todos nós temos de viver num local justo e marcado pela paz.
Cleber, exatamente. Cada um no seu espaço. Abs!
Pedro, não coloco os filmes fantásticos em segundo plano. Somente acho que se for pra ser neste estilo, que seja em sua totalidade. Abs!
Hugo, é bom assistir só por causa da Jennifer Garner que é corretinha e linda. Abs!
Kami, acho que vc não entendeu o que eu quis dizer. Não falo que os filmes de fantasia não devem existir. Somente defendo a idéia de que se for pra ser fantástico, que o seja em sua totalidade, entende?! O que me incomoda mais é a sua mistura com o real.
Amigo ... Isso é apenas um comportamento da sociedade. Antigamente viamos "herois" como pessoas que conseguem fazer proezas que nunca imaginariamos fazer.
Porém a mentalidade mudou e hoje, o povo clama não por herois mirabolantes feito o mamão aranha, mas sim aqueles que são tão criveis quanto a gente, como Batman e outros onde o maior poder é fazer a justiça.
Mas acredite ... essa mentalidae vai mudar e talvez iremos voltar a lembrar que super herois são aqueles nos quais fazem tudo que nós sonhamos em fazer.
abraços
"relaxe e goze", Kau.
divirta-se o máximo que puder com filmes sobre super-heróis. obviamente com o passar dos anos o publico tornou-se mais exigente com filmes desse tipo. o sucesso de TDK provou exatamente isso. muitos ja se cansaram sobre fatos fantasticamente fantásticos, esquecendo do verdadeiro propósito das obras.
lembro de uma cena que a Tia de Peter Parker em HA2 falava sobre a importância de um "super-herói na vida de todos, independente de ser ou não alguem com poderes especiais.
abraço, rapaz.
:P
Acho que a graça de super-heróis é justamente essa de tentar misturar tudo, realidade com fantasia, tentar fazer algo mais palpável... ok que temos péssimas espécies do gênero, mas no geral eu curto e gosto dessa fantasia toda.
Só um parênteses, saiu uma reportagem de um cara (não lembro nem de quem foi nem da onde foi) que fala que é possível ser um "Batman", você só precisaria ser mega-milionário e treinar por muitos e muitos anos, mas seria possível, so... =)
Abraços.
Kau, que coisa feia! Pinchando um muro só para depois bater uma foto e publicar por aqui, né? XD
Brincadeiras à parte, você acrescenta um dos pontos que me fazem ter um ódio quase mortal pelas adaptações de quadrinhos: essa mistura enfadonha do real com a fantasia. Mas eu não tenho exatamente uma queixa com o fato de uma premissa ser mais "viajante" do que se deve, mas, sim, de como a ação se torna tão morna e irritante quando tem que se revezar com os momentos pessoais dos personagens que longas como "Homem-Aranha". Exemplo: a ação de "Homem-Aranha" é uma das coisas mais broxantes que já se viu numa adaptação de histórias em quadrinhos (vide duelo entre o Aranha e o Duende Verde no primeiro filme do Sam Raimi) e aquelas coisas de relacionamentos amorosos de toda a série é encenada de forma vergonhosa. E fizeram o que nunca pensava que iria acontecer no terceiro filme: transformaram Peter Parker em um EMO, olha só!
Boa semana!
Engraçado o que fala e tem razão em alguns aspectos. Mas quando entro numa sala de cinema pra ver X-men, por exemplo, eu fico despido de qualquer noção de realidade para conseguir comprrender a rwalidade do filme. Adoro filme que a magia esteja presente, por isso NUNCA fiquei desgostoso com filme de Super-heróis!
KAU, ACHO QUE NA TENTATIVA DE CRIAR ESSES HERÓIS DE INCRÍVEIS PODERES, ALGUMAS PRODUÇÕES ACABAM SE PERDENDO NO PERCURSO E O FILME VIRA APENAS MUITO BARULHO POR NADA, ACHO QUE EM BATAMN É FEITO UM CORRETO RETRATO DE UM HERÓI NÃO MUTANTE NO MUNDO REAL.
PARABÉNS PELO BLOG
ABRAÇOS
Aê! Esculhamba o Batman, vamos, esculhamba!!! :x Brincadeirinha, eu sei que você curte o filme - e percebo exatamente o que seu post quer dizer. Mas, Kau, covenhamos que todos estes filmes de hobbit e homens morcegos são mesmo feitos para abusar das irrealidades.
E, puxa! Não esculhambou o Peter Parker! Ele é meu herói favorito!!! ;-)
Abração!
Valeu pelo comentário de todos. Mas percebo que a maioria não entendeu o que eu quis dizer. Não reprovo filmes fantásticos e acho que eles devem existir. O que acontece é que prefiro que se ele deve pender para a fantasia, que seja ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE fantasia. Eu gosto do filme do Batman, mas acho o personagem um pouco exagerado. O Homem-Aranho, por sua vez, é correto, pois o herói do filme não é um humano normal e por esse motivo pode fazer tudo o que faz. A FANTASIA SÓ É BOA QUANDO NÃO SE AGARRA À REALIDADE E VICE-VERSA.
Abraços!!
Tudo bem.Eu não discuto quando os super heroi americano.Mas sempre vi estes personagem como os americano o são,Mascarado e cinicos.Aprontamdo todas em pais que visitam estabeleze criando entidade como religiões e benficente.Lions \\club e Testemunha de Jeova, Cristo de Ultimos Dias e assim por diante.Evidente que os herois assim como os covernos americano são intervendores de qualquer pais que queiraalgo d em algo desente
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