Como você se sentiria se pudesse nascer velho e, com o passar do tempo, ir tornado-se mais jovem? Nossa existência, na verdade, nos impossibilita de passarmos por esta experiência, mas quer conhecer alguém que passou por ela? Simples: assista ao mais novo trabalho do fenomenal diretor David Fincher e conheça Benjamin Button e sua peculiar vida. O personagem ganha vida pelas mãos de Brad Pitt e, como já disse, nasce com todos os problemas a que pessoas idosas estão submetidas e, de forma curiosa, vai aprendendo a viver à medida que vai ficando mais jovem.
O roteirista Eric Roth foi quem adaptou o belíssimo conto de F.Scott Fitzgerald – o qual sofreu algumas modificações – e presenteou David Fincher com um roteiro digno de ser adjetivado como fenomenal. Somos guiados desde o começo pela narração de Benjamin (a partir de um diário) e já de pronto sabemos que ele foi abandonado pelo verdadeiro pai e acolhido por Queenie (Taraji P. Henson) e seu marido, que o tratam, de agora em diante, como filho. A “criança-senil” deve aprender tudo, mesmo sua aparência denotando que já é muito experiente. Quando tem aproximadamente 7 anos de idade, conhece Daisy (que, quando adulta, é vivida por Cate Blanchett) e logo apaixona-se pela menina, mas sabe que é um amor, por enquanto, proibido. A história vai se desenrolando de forma espetacular e a cada plano e cena, Fincher prova ser um dos grandes diretores em atividade. Não vou ficar contando o filme, até por que posso ir além e dizer que em cada personagem há a personificação da poesia, o que torna minhas palavras quase que inexistentes para expressar o que é O Curioso Caso de Benjamin Button.
Seguindo o seu próprio curso de vida, o que para nós é quase que incompreendido, Button procura aprender com cada pessoa que conhece. Vai da guerra à Paris, passando por Nova York e em cada um desses lugares pessoas especiais cruzam seu caminho. Com a ajuda de efeitos visuais sublimes, a fita se apresenta como sendo uma obra-prima para os olhos. Claudio Miranda entrega um trabalho fotográfico magistral e, é claro, o trio que dirigiu a cenografia (entre eles, Randy Moore) se empenha para retratar o mundo entre guerras, ora sofisticado, ora singelo. Como já mencionei, em outro texto, Alexandre Desplat compõe sua obra-prima. Cada uma das faixas de sua trilha é mais que adequada ao momento e especialmente “A New Life” e “Daisy’s Ballet Career” merecem menção por serem irretocáveis. A maior necessidade era de uma maquiagem competente, o que temos. Uma grande equipe faz um trabalho impressionante com a maquiagem e, o tempo todo, procurei defeitos, mas não encontrei. Brad Pitt está muito bem, mas logo alerto que não é o trabalho de sua vida (ainda fico com sua atuação em Clube da Luta), até por que uma certa atriz australiana rouba a cena: Cate Blanchett não está menos que brilhante. Linda e talentosa como nunca, até com pesada maquiagem atua maravilhosamente e, pra mim, é provável que esteja entre as melhores atuações femininas da temporada. Ouso dizer que, se ela não tivesse uma Rainha Elizabeth no currículo, Daisy seria o papel de sua vida. A secundária Taraji P. Henson também não faz feio e interpreta e já conhecida mãe zelosa que, em qualquer circunstância, preteje e ampara o filho. Encerro dizendo que esta quase que obra-prima de Fincher, retrata o amadurecimento de pessoas, a colisão entre seres desconhecidos e, acima de tudo, fala de vários tipos de amor que, mesmo em cursos e tempos de vida diferentes, jamais morrem.
Nota: 9,5
The Curious Caso of Benjamin Button; EUA, 2008; DRAMA/ROMANCE; de David Fincher; Com:Brad Pitt, Cate Blanchett, Taraji P. Henson, Julia Ormond.
O roteirista Eric Roth foi quem adaptou o belíssimo conto de F.Scott Fitzgerald – o qual sofreu algumas modificações – e presenteou David Fincher com um roteiro digno de ser adjetivado como fenomenal. Somos guiados desde o começo pela narração de Benjamin (a partir de um diário) e já de pronto sabemos que ele foi abandonado pelo verdadeiro pai e acolhido por Queenie (Taraji P. Henson) e seu marido, que o tratam, de agora em diante, como filho. A “criança-senil” deve aprender tudo, mesmo sua aparência denotando que já é muito experiente. Quando tem aproximadamente 7 anos de idade, conhece Daisy (que, quando adulta, é vivida por Cate Blanchett) e logo apaixona-se pela menina, mas sabe que é um amor, por enquanto, proibido. A história vai se desenrolando de forma espetacular e a cada plano e cena, Fincher prova ser um dos grandes diretores em atividade. Não vou ficar contando o filme, até por que posso ir além e dizer que em cada personagem há a personificação da poesia, o que torna minhas palavras quase que inexistentes para expressar o que é O Curioso Caso de Benjamin Button.
Seguindo o seu próprio curso de vida, o que para nós é quase que incompreendido, Button procura aprender com cada pessoa que conhece. Vai da guerra à Paris, passando por Nova York e em cada um desses lugares pessoas especiais cruzam seu caminho. Com a ajuda de efeitos visuais sublimes, a fita se apresenta como sendo uma obra-prima para os olhos. Claudio Miranda entrega um trabalho fotográfico magistral e, é claro, o trio que dirigiu a cenografia (entre eles, Randy Moore) se empenha para retratar o mundo entre guerras, ora sofisticado, ora singelo. Como já mencionei, em outro texto, Alexandre Desplat compõe sua obra-prima. Cada uma das faixas de sua trilha é mais que adequada ao momento e especialmente “A New Life” e “Daisy’s Ballet Career” merecem menção por serem irretocáveis. A maior necessidade era de uma maquiagem competente, o que temos. Uma grande equipe faz um trabalho impressionante com a maquiagem e, o tempo todo, procurei defeitos, mas não encontrei. Brad Pitt está muito bem, mas logo alerto que não é o trabalho de sua vida (ainda fico com sua atuação em Clube da Luta), até por que uma certa atriz australiana rouba a cena: Cate Blanchett não está menos que brilhante. Linda e talentosa como nunca, até com pesada maquiagem atua maravilhosamente e, pra mim, é provável que esteja entre as melhores atuações femininas da temporada. Ouso dizer que, se ela não tivesse uma Rainha Elizabeth no currículo, Daisy seria o papel de sua vida. A secundária Taraji P. Henson também não faz feio e interpreta e já conhecida mãe zelosa que, em qualquer circunstância, preteje e ampara o filho. Encerro dizendo que esta quase que obra-prima de Fincher, retrata o amadurecimento de pessoas, a colisão entre seres desconhecidos e, acima de tudo, fala de vários tipos de amor que, mesmo em cursos e tempos de vida diferentes, jamais morrem.
Nota: 9,5
The Curious Caso of Benjamin Button; EUA, 2008; DRAMA/ROMANCE; de David Fincher; Com:Brad Pitt, Cate Blanchett, Taraji P. Henson, Julia Ormond.
23 comentários:
Kau... acabei de comentar sobre a obra no meu blog... é simplesmente perfeita, concidentemente dei a mesma nota que vc.... 9.8 hehehe
Aleluiiiia alguém gostouuu do filme ! só tinha visto criticas negativas ( :
Kau, como você sempre fala mais da história do filme do que eu gostaria de saber hehe, prefiro ler depois de assisti-lo. E cara, não sei porquê eu tô com um pé atrás com esse filme. Adoro o Fincher, o elenco, mas minhas expectativas não estão altas - nem sua nota fez diferença.
[]s!
Filme sublime... perfeito. Uma ode à vida e à morte que merece reflexão.
Sérgio, ótima nota a sua rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs!
Cleber, não tinha lido críticas negativas, ainda. =/
Jeff, pode ler que não tem spoiler, hahahaha. O filme, de qualquer forma, é excelente. Abraços!
Régis, o final é um pouco diferente do conto - o que é normal. Não vi problemas com ele. E, pra mim, Blanchett está magnífica!
Fifeco, exatamente! Obrigado pela visita.
Eu amei o filme!
É lindo demais!
Eu dei nota 10!
E é um clássico sem dúvidas...
Quero muito ver rever no cinema!
Espero que seja o grande vencedor do Oscar 2009!
Cate Blanchett está linda e sua atuação é perfeita!
E eu também só li críticas negativas do filme. Muitos diziam que o filme era frígido, que Benjamin é puro CGI, etc....
Oi Kau, então se também nao sabes quando sairá THE FALL no Brasil alinha nesta iniciativa!
Estou querendo muito ver estes últimos dois filmes que vc comentou, mas até o Oscar capaz que vejo ...
Olá, Kau! Tudo bem?
Estava botando fé neste filme e no "O Solista", mas como o último foi adiado para Abril, só tenho a torcer por ele no Oscar. Já escutei a trilha e a achei sensacional e não entendi a derrota no GG. Só quero ter tempo e ver este "O Curioso Caso de Benjamin Button", que parece ser espetacular mesmo! ;)
Beijos e tenha um ótimo fim de semana! ;)
Alex, não dei 10 pq vi um probleminha no roteiro. No mais, é perfeito!
Roberto, verei por aqui se temos data!!
Hugo, ambos valem a pena. Ótimos!
Mayara, tudo bem e vc?
Benjamin Button é uma preciosidade. Você vai AMAR! Beijos e ótimo fds para você também!
Adorei, mas não achei espetacular! o filme só me conquistou mesmo depois que ele ficou jovem e reencontrou a Cate Blanchett. Mas ainda assim eu acho que o romance dos dois poderia ter sido melhor trabalhado!
Ainda estou impressionado com os comentários desse filme de todos os blogueiros, ainda não vi ninguém que não tenha gostado - e até mesmo aqueles que tiveram certa resistência, aprovaram determinados aspectos da produção. Abs!
Bom, obra-prima sem dúvida, não esperava que fosse gostar Kau!
Matt, não vejo problema nenhum com o desenvolvimento do amor entre eles. É tudo natural e isso é o mais lindo.
Vinícius, a menor nota que vi até agora foi 8,0!!!! Todas estão bem altas mesmo e a sua, eu creio, não será diferente hahahaha. Abraços!
Cassiano, pq eu não gostaria? Rsrsrsrsrsrs. Gstei, e muito!
Um dos meus filmes mais esperados. Toda vez q vejo o trailer no cinema me arrepio toda. Acho q vou amar esse filme!
Kau, é um grande filme, sem dúvida. Mostra a todos que devemos aproveitar nossa vida, pois o tempo é precioso. Quanto á falha de roteiro seria na parte final do filme? (SPOILER) Eu achei estranho quando o personagem da Kate Blanchett começa a cuidar integralmente da criança e isso não levanta suspeitas nem do seu marido e nem da filha? Como eles não descobririam se ela ficava tanto tempo fora de casa?
Romeika, eu tb me arrepiava com o trailer. E tenho certeza que você irá amar!
Denis, não foi isso que achei estranho. Na verdade, a Cate fala que foi cuidar do garoto depois que o marido morreu (a filha já devia ser grande, pois Daisy já era mais velha). O que não gostei foi que Brad e Cate decidem voltar de surpresa e, bem nesse dia, Taraji morreu?? Achei meio forçadinha, esta parte. De resto, adorei tudo.
(SPOILER) Ah, é verdade, eles chegam bem na hora do enterro! Mas isto não é tão anormal assim, geralmente fazem isso para dar andamento ao filme e quando o personagem já não serve mais pra história, hehe. Porém, acredito que Taraji deveria ter um final mais digno, não é mesmo? Abs.
SPOILER
Denis, poderiam ter chego um pouquinho antes; à tempo de Benjamin ver a mãe doente ou algo assim. O final da Queenie é bem triste hahahahahaha. Abs!
Sem dúvida um grande filme. Concordo plenamente contigo. :)
Abraço.
Fernando, exatamente! E obrigado pela visita. Abraços!
Também sou mais um dos muitos blogueiros que aprovaram o filme.
Eu nem tinha intensão de escrever sobre ele, mas o impacto que senti foi tão grande, que me vi forçado a escrever.
Um filme realmente magnífico!!
Neudson, eu estou encontrando vários amigos que andam detestando o filme. Acho interessante essa divisão de opinião. Obrigado pela visita!
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